A Ordem de Gao
A Ordem de Gao é um monastério misterioso. Localizada no topo de uma montanha ao sul de Lamnor, seus membros se dedicam ao aprimoramento do corpo e da mente. A Ordem tem objetivos desconhecidos, já que embora tenha uma doutrina de auto-aprimoramento pessoal também tem objetivos militares. Na verdade, foi de suas fileiras que saíram os grandes líderes hobgoblins, o que levou esta raça a ser respei tada por engendrar grandes estrategistas. Apenas seus membros sabem o que vem a ser Gao, embora existam várias especulações acerca do assunto. Alguns afirmam que Gao era um hobgoblin, um monge guerreiro, fundador da Ordem. Ele teria desaparecido séculos atrás, embora alguns afirmem que ele ainda dirige as ações da Ordem. Entretanto, há quem diga que Gao não é uma pessoa, mas uma doutrina filosófica. Outros dizem que Gao seria uma força cósmica acima da divina. Entretanto, tudo isso pode não passar de mera especulação. O que se sabe de concreto é que a ordem é dirigida por 10 mestres, criaturas de poder épico, capazes de controlar o destino de muitos, embora não tenham saído do templo faz muitos séculos. Apesar de ser formada exclusivamente por hobgoblins, a ordem aceita qualquer criatura que seja capaz de chegar até os portões do templo da ordem, no topo da montanha. Não é uma escalada fácil, e magia simplesmente não funciona em nenhum ponto da montanha. O fato é que até agora somente hobgoblins conseguiram tal façanha.
Aquele que conseguir superar os desafios da montanha aprenderá técnicas de combate armado e desarmado, estratégias militares, política, economia e diplomacia.
Rebelião Lamnoriana
A queda de Lenórienn foi um golpe terrível demais para toda a raça élfica, afetando desde os que presenciaram as atrocidades cometidas com a cidade e a população até os que apenas ouviram relatos posteriores. A maior parte perdeu a esperança, tendo apenas a dolorosa lembrança do esplendor que já possuíram, vivendo nos territórios humanos do Reinado como párias, ressentidos e desiludidos demais para se reunirem novamente e fundarem sequer uma vila. Entretanto, existe uma pequena parcela dessa população que não encarou a derrota com dor, mas com raiva. Querendo de volta o que lhes foi tomado, vingar seu povo e a morte de seus entes queridos, estes elfos formaram a base do que hoje é a Rebelião Lamnoriana.
A princípio, a Rebelião contava apenas com elfos (em sua maioria jovens) que sobreviveram à Aliança Negra. Porém, com o tempo eles acabaram percebendo que foi justamente o isolamento dos demais povos que levou o seu reino a ruína, e passaram a admitir humanos oriundos dos reinos derrotados de Lamnor em suas fileiras. Hoje o número de humanos já supera em quase duas vezes o número de elfos, e começam a surgir alguns meio elfos decorrentes dessa união.
As atividades dos rebeldes incluem saques a caravanas comerciais, libertação de escravos, confrontos de guerrilha contra pequenos exércitos goblinóides e, mais raramente, ataques a cidades-estado. Apesar de contar com um pequeno contingente (não mais de mil soldados), os rebeldes já se apresentam como um grande inconveniente à dominação territorial do império. A organização se localiza em algum lugar na Cordilheira de Dhorlantur, no extremo sul do continente, sendo um segredo guardado a qualquer custo por todos os rebeldes. Lá existe uma cidade sagrada, chamada Arandir (“esperança” em élfico), onde as famílias dos rebeldes vivem em segurança; e onde os novos recrutas são treinados. Aqui também vivem os escravos libertados, que são rapidamente integrados ao cotidiano da cidade. Arandir era antes uma cidade-fortaleza abandonada, que a ocupação rebelde soube muito bem como reabilitar e ampliar defensivamente.A liderança da organização é exercida por um conselho, denominado “Conselho de Glórienn”. Formado atualmente por humanos e elfos, ele define as missões dos rebeldes e decide questões envolvendo a população de Arandir. Apesar da ativa participação dos humanos, os elfos são quem geralmente tomam as rédeas das decisões, o que por vezes gera alguns atritos. Outro motivo de conflito diz respeito à adoração de deuses, pois o único templo existente na c idade é dedicado exclusivamente a deusa élfica. Outros cultos a divindades não malignas são permitidos, mas estes não dispõem de um templo próprio, ou mesmo de um espaço no templo maior. Porém, ano após ano, os elfos tem feito maiores concessões quanto às suas regras (como a participação de humanos no conselho); e mesmo estes conflitos jamais fariam com que estes grupos sequer pensassem em se separar, pois todos têm a consciência de que, se juntos são fortes.Mas, infelizmente, até os dias de hoje nenhuma pista sequer foi encontrada. O desejo de vingança e o sonho de um continente livre motiva estes rebeldes, que persistem, apesar de lutarem e morrerem em uma batalha sem esperanças. Hoje, a Rebelião Lamnoriana reúne o maior agrupamento livre de humanos e elfos de todo continente.
Tropa do Eclipse
Como uma terrível paródia aos grupos de heróis de Arton, recentemente foi descoberto um grupo de aventureiros composto inteiramente por goblinóides, que atua sob as ordens da Aliança Negra: a terrível Tropa do Eclipse. Formado por membros de elite a serviço de Thwor Ironfist e Gaardalok, este grupo teria sido idéia do general, pois em seus anos de viagem pelos reinos humanos do norte ele percebera que os pequenos grupos de aventureiros eram os principais responsáveis por grandes feitos ,perseverando onde exércitos inteiros jamais conseguiriam.
O grupo foi formado pouco tempo depois da consolidação da Aliança Negra, integrado por prodígios goblinóides especializados nas mais diversas áreas. Realizando missões de infiltração, assassinato, espionagem, resgate e exploração, a Tropa havia conquistado prestígio entre os líderes e soldados de toda a Aliança, e é hoje um dos grupos mais poderosos de toda Arton.
Unindo a liderança de Urkhishktu, um Hobgoblin Ranger, a força bruta de Grom, um Ogro Bárbaro, a bênção divina de Gandrezkka, uma hobgoblin clériga, a magia arcana de Oarthess, uma Hobgoblin maga e a habilidades furtivas de Sharmuta, uma assassina Bugbear, o grupo triunfou em todas as suas missões, até tempos recentes. Em sua última missão, a Tropa tinha por objetivo invadir o palácio do rei Balek III, de Tyrondir, e assassiná-lo, com o intuito de desestabilizar o reino para que a Aliança Negra e seus exércitos pudessem conquistá-lo rapidamente. Mas o grupo não contava com a presença inesperada dos heróis do reinado, o Protetorado do Reino, que haviam chegado após um pedido de ajuda do Monarca. A batalha que se seguiu foi violenta, e culminou na morte de
Gandrezkka, sendo que os demais membros só sobreviveram graças à magia de Oarthess, que os transportou para um local seguro. A derrota não atingiu apenas o grupo, que perdera uma amiga, mas a confiança de toda a Aliança Negra. O grupo parecia prestes e se dissolver, espalhados por objetivos menores dentro do exército, até que Gaardalok
designou Korgan, um respeitado e poderoso Emissário de Ragnar, para integrar e liderar o grupo. A entrada de um novo e respeitado integrante renovou as esperanças no grupo perante os demais goblinóides.
Os exércitos
Estudiosos dizem que a Aliança Negra nasceu em 1364, junto com Thwor Ironfist. Em menos de 40 anos a Aliança já possui quase todo o continente lamnoriano devido ao comando do General. Mais recentemente, incursões de aventureiros estudiosos e espiões do Reinado descobriram que existe uma formação militar complexa que possui raízes nas antigas nações humanas e na morta nação élfica.
Da história
Voltando um pouco na história, 391 foi o mítico ano em que se iniciou a lendária Infinita Guerra. Não há dúvidas que nos primeiros 400 anos os elfos dominaram e tiveram várias chances de dar um fim nessa guerra, mas desdenhosos que eram, sempre mantinham tribos goblinóides vivas. Essa brecha permitiu aos hobgoblins que preparassem uma verdadeira “Revolução Bélica”, tal fato não podia ter ocorrido se o ódio e a vontade de subjugar os inimigos fosse menor.
Durante os quase mil anos que duraram essa guerra, muita coisa aconteceu em Lamnor: os goblinóides (os hobgoblins, mais especificamente) procuraram expandir os territórios em busca de recursos. Desde essa época e até hoje inúmeras vilas, cidades e reinos foram dizimados, pouco de suas culturas fora assimilado, apenas o essencial.
Nesse longo período de tempo, os hobgoblins adquiriram noções de estratégia
e disciplina militar. A seguir, pode-se ver um trecho traduzido de antiqüíssimo relatório de campo hobgoblin:
“simplesmente não há como entender, são apenas nove elfos. Dois não usam armaduras apenas mantos coloridos e gesticulam o tempo todo, um outro veste uma armadura pesada porém não mostra portar nenhuma arma; apenas mantêm-se de olhos fechados tocando os aliados esporadicamente. Quatro são exímios arqueiros que atiram inúmeras flechas por segundo enquanto outros dois, apenas malditos DOIS vestem-se como verdadeiros guerreiros e portam espadas e escudos. Esses malditos NOVE elfos conseguem, sozinhos e facilmente, com cinqüenta de nós. (...)”
Próxima página...